terça-feira, 27 de abril de 2010

Credibilidade no Terceiro Setor

No post de hoje, comentamos a respeito da necessidade da credibilidade dentro do terceiro setor.

Para aperfeiçoar a gestão das organizações, a governança é premissa de mercado tanto das empresas quanto das ONGs. Nestas, em específico, tendo em vista a bandeira da construção participativa dos processos de transformação social, exige-se manter uma gestão coerente, que garanta clareza e transparência sobre os princípios e regras que orientam o funcionamento da organização.
É preciso que as organizações sejam cada vez mais capazes de manter uma pública e sistemática prestação de contas e dar visibilidade ao processo de implementação de suas atividades. Boas práticas constituem um desafio constante e essencial para ampliar a credibilidade no trabalho que as ONGs desenvolvem.
As vantagens na adoção de práticas de governança nas ONGs são diversas e interligadas, dentre as quais destacamos maior alinhamento entre associados, conselheiros, administradores e doadores na definição de estratégias comuns, ampliando a legitimidade das ações; eficiência nos processos de gestão e no alcance de seus objetivos; transparência na gestão dos recursos e nos resultados obtidos; credibilidade perante seus beneficiários, colaboradores e a opinião pública; além de possibilitar a ampliação da captação de recursos visando a perenidade de suas ações.

Revista Terceito Setor.

domingo, 18 de abril de 2010

10º Mix Aberje

No dia 15 de abril, aconteceu o 10º Mix Aberje de Comunicação Interna e Integrada. Nos próximos posts passaremos a vocês uma visão sobre o que ocorreu de bom falando sobre credibilidade e confiança.

Hoje, vou falar sobre a primeira atividade. Com o tema “Confiança, Motivação e Inovação”, o Professor de Gestão Estratégica de Pessoas e Comportamento Organizacional da Fundação Dom Cabral, Marco Túlio Zanini, tratou de “discutir as plataformas de colaboração e os parâmetros de interação entre as pessoas, para além das hierarquias, pode dar o traçado da excelência, uma vez que autonomia gera mais inovação e qualidade do que a pressão por resultados”.

Entre outras coisas, Zanini falou que o papel da liderança deve ser o de construir sentido e significado sobre o trabalho, desde o mais simples até o mais complexo, agindo para que o outro faça coisas que nem ele mesmo sabia que seria capaz de fazer. Depois ele enfatiza a evolução do ambiente de trabalho, em que saímos de um autoritarismo e entramos em uma era em que as pessoas buscam confiança.

Falando mais sobre confiança, Marco afirmou que a confiança é fruto das relações humanas, sendo um exercício de liberdade individual, sujeito a vulnerabilidades e voluntariedades. E, para que consigamos atingir um bom nível de confiança na empresa, é necessário que as pessoas se sintam parte do futuro da organização e que considerem os interesses dos outros. Nisso, é importante termos um bom trabalho de Comunicação Interna, para que possamos gerar confiança e, posteriormente, engajamento dos funcionários.

Prosseguindo, o professor diz que a confiança depende intrinsecamente da qualidade dos relacionamentos dentro da companhia e a qualidade dos relacionamentos influencia a disposição das pessoas em cooperar espontaneamente, impactando a motivação e a inovação.

No final, ele entra de vez no nosso ponto de atuação, afirmando que a comunicação é fundamental para o estabelecimento de confiança, mas não existe comunicação eficiente em uma empresa onde as pessoas se sentem desiguais e não há confiança. Cabe a nós, RPs que trabalhamos com Comunicação Interna, ações que façam com que essas desigualdades não existam (ou pelo menos não sejam percebidas), para que os funcionários não percam a confiança.

Encerrando, o diretor de Comunicação da Construtora Odebrecht e mediador da palestra, Márcio Polidoro, falou que “é na disciplina do relacionamento que se estabelece a confiança”.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Estudo de Confiança da Edelman 2010

A Edelman acaba de lançar o Estudo de Confiança 2010 (Trust Barometer 2010). A pesquisa deste ano mostra que as empresas (62%) e as ONGs (57%) continuam com a credibilidade alta entre os brasileiros, seguidas por mídia (54%) e governo (39%). Existe também uma continuidade, em relação aos estudos anteriores, no que diz respeito às verticais: tecnologia (83%) ainda é a mais confiável no Brasil, seguida por biotecnologia (74%) e entretenimento (71%).

Resultados importantes, levantados no estudo deste ano, demonstram a força das parcerias e indicam um momento de oportunidades para todas as instituições. Observem os resultados abaixo:

  • Companhias que estabelecem parcerias com ONGs para resolver questões globais, como mudanças climáticas, fome e doenças, têm maior credibilidade para os brasileiros (71%), em detrimento daquelas que não estabelecem. No total global (68%) esse número também é alto.

  • Os entrevistados no País (55%) e na América Latina (58%) também não acreditam que as corporações estão ouvindo e engajando seus funcionários e clientes para encontrar novos caminhos para beneficiar a sociedade e fazer negócios ao mesmo tempo.

  • Os brasileiros (52%) não acreditam que empresas, governos e ONGs estão trabalhando juntos para solucionar questões sociais importantes. Na América Latina (58%) esse valor é maior, enquanto o total global (52%) acredita que sim.

  • Quando um CEO toma decisões de negócios para sua empresa ele deve considerar todos os stakeholders igualmente. Essa é a opinião dos brasileiros (54%), assim como a de outros grupos de entrevistados, como latino-americanos (63%), norte-americanos (51%) e europeus (50%).

É evidente para os formadores de opinião brasileiros que nenhuma instituição será capaz de resolver, sozinha, as questões importantes para a comunidade local e mundial; e há uma expectativa de que elas participem da solução, já quem precisam exercem também seu papel social e não apenas de negócios. Fazer parcerias, ampliar o diálogo com os diversos públicos, por meio de ferramentas tradicionais e alternativas, e integrar os esforços em torno de interesses comuns são atitudes fundamentais para construir e manter a credibilidade e, consequentemente, para ampliar os resultados da empresa.

O público interno tem grande força nessa jornada que as corporações seguem, de buscar confiança e credibilidade com seus públicos, sejam quais forem, tanto para encontrar caminhos para beneficiar a sociedade e fazer negócios, quanto para desenvolver e manter esse status e reputação das organizações. Sendo assim, a comunicação interna deve ser mais explorada e diversificada para engajar esse público que tem tanto poder dentro dessas instituições com maior índice de confiança entre a população brasileira, de acordo com uma das maiores agências de Relações Públicas do país, a Edelman.